Sónia Araujo segue o curso do Rio Douro rumo à descoberta do vinho. Mais a jusante, espera-a o seu mentor Luís Baila e os Douro Boys, para a lição nº1 do manual. A segunda lição vem logo a seguir com o Chefe Rui Paula, que saiu da cozinha e foi sentar-se na mesa da nossa dupla para mostrar o que é uma harmonização. Mas as lições continuam e a Sónia ainda aprende que uma prova de vinho pode ser vertical. É num Antigo solar do século XIX, que a nossa apresentadora pode finalmente apreciar a uva de outra forma, recebendo uma massagem de óleo de semente de uva. Depois, há aromas à roda no copo e um macho que vai fazer o Luis compreender o verdadeiro sentido da palavra "terroir".
A carrinha que transporta o Luís e a Sónia é chamada a brilhar para uma travessia sobre o rio Côa. Por essa zona, onde há vinhas que são Património da Humanidade para a UNESCO, a nossa dupla terá, alegadamente, conhecido o homem que encontrou as gravuras de Foz Côa... Mais à frente neste episódio, ficamos a saber se os descendentes da Ferreirinha ainda fazem vinho... Depois, o Luís vai aprender que Duorum não é "Douro" em Latim. A fechar o segundo périplo do sacro-caminho da uva, os protagonistas vão conhecer os enólogos que fazem o Barca Velha, um dos mais míticos vinhos portugueses. Terá o nosso duo de enófilos o privilégio de o provar? Se isso não acontecer terão de se contentar com a paisagem ... Que no Douro Superior é coisa que não falta.
Num Minho tão verde quanto o próprio vinho as uvas não deixam de ser maduras, e para comprová-lo o nosso duo encontra-se com Anselmo Mendes, um guru do vinho verde que vai mostrar quão altas podem ser as vinhas por estas paragens. Depois é tempo do Luís tornar-se numa batedeira humana de vinho. As peripécias seguintes têm como palco a Quinta da Brejoeira onde há uma charrete com aroma a citrinos. Não muito longe dali, Luís e Sónia ficarão cheios de vinho na Quinta do Soalheiro. Mais a sul, em Baião, um homem que é menos português do que parece, vai cruzar-se com o nosso duo de missionários da uva. Mais há noite, ao jantar, haverá uma estrela Michelin no prato, e no dia seguinte há enigmas que envolvem as garrafas da Quinta da Aveleda.
O Luís mostra à Sónia que tem amigos em todo o lado e, por isso, mesmo estando no centro do país, há um almoço com convivas do Dão. E como a dupla de errantes não está entre a Serra do Caramulo e a Serra da Estrela para beber água, seguem rumo a outro destino para saber mais sobre uma casta típica da região: a Encruzado. Mais à noite Fernando Melo junta-se ao duo na Casa da Ínsua para fundir queijo com vinho. No dia seguinte os destinos da nossa parelha cruzam-se com alguém que faz um vinho antialérgico. E para o fim está guardado um momento em que a Sónia e o Luís encontram a paz de espírito numa barrica.
O que acontece quando um duo de enófilos se cruza com o homem e o vinho do Bussaco? O thrill e o suspense do Bussaco Palace contagiam o estado de espírito da dupla que segue em busca dos vinhos da Bairrada. Mas apesar do início atribulado, a viagem prossegue na direção de um enólogo hitchcockiano que tem uma garrafeira invejável e um vinho singular. O seu nome é Pato, Luís Pato, e os seus vinhos são autênticos ovos de ouro. O dia corre sobre as rodas da pick-up que desvendam o amor cego de Niepoort pela Bairrada, apesar de ser um produtor mais conhecido pelo trabalho que faz no Douro. Depois, acontece neste episódio: a Sónia arrisca-se a fazer uma harmonização de vinho com arte. Mais tarde há uma harmonização menos abstrata: o clássico leitão da Bairrada. Seguem-se outros encontros, num local em que o folclore do vinho é geometria e para fechar um templo sagrado do nosso vinho: as Caves de S. João.
Em Trás-os-Montes o vinho resiste ao rigor do clima graças ao calor humano. É isso que Sónia e Luís vivenciam quando são recebidos numa casa em Sandim, no coração transmontano. A seguir conhecem um Ás de Trunfo desta região: chama-se Raúl Peréz, é espanhol e um dos melhores enólogos do mundo. A casta Bastardo e a parceria com José Xalana fazem o tempo correr entre copos e histórias. Depois dá-se uma descoberta que prova que o vinho em Trás-os-Montes é uma tradição milenar... Mais à noite Francisco Pavão vai ao Vidago Palace para fazer uma prova com a nossa dupla de romeiros... só que a prova não é de vinho. O tempo do programa sobra ainda para que a Sónia aprenda que cuspir vinho não é indelicado, mesmo que sejam os vinhos de Valle Pradinhos, dos mais antigos de Trás-os-Montes. E depois há estrada... muitos quilómetros de estrada quase até à fronteira espanhola. Tudo para que os protagonistas desta série se deixem barricar...
Pela primeira vez a sul, Luís e Sónia revelam-se como bons... cavaleiros. Cavalgando, seguem a trote pelas Lezírias e pelo vinho da sua Companhia. Depois é tempo de tirar os trajes de equitação e escolher os melhores trajes para uma outra ocasião... Mas talvez o duo da verdade do vinho funcione melhor a escolher castas de uvas do que a escolher peças de roupa. O tempo avança e a viagem também, e começam a surgir as sinestesias do ribatejo na forma de um aroma a chumbo e um sabor de perdiz em Lagoalva de Cima. No dia seguinte há um típico almoço ribatejano no Hotel Lusitano, uma paragem no castelo de Almourol para falar sobre copos e os destinos da cruzada da uva terminam numa transfusão de vinho no Casal da Coelheira.
A Extremadura é uma região que tem alguns pontos em comum com o Minho e por isso a viagem começa de novo junto ao mar, de copo e prancha na mão. E isto foi só para aquecer para a atividade que aí vinha na Quinta do Gradil onde o Luís e a Sónia têm de apanhar os ladrões das vinhas. Segue-se uma harmonização como pretexto para um almoço com alguém que vende vinho e... bacalhau. O avançar dos minutos do programa trazem consigo um momento musical absolutamente estonteante graças ao rasgo criativo de José Bento dos Santos. Depois o dueto improvável que segue os caminhos da uva vai dar a uma paisagem decorada pela casta Arinto. E por fim as vielas caiadas de Lisboa trazem-nos a voz mais influente do vinho nacional e enólogos de rua.
Sónia e Luís descobrem que a serra da Arrábida é um corta-vento. Depois seguem em grande estilo deixando a serra para trás e encontram-se com uma estrela do vinho chamada Ermelinda Freitas. Ou será Leonor? A dúvida não importuna a pick-up que leva a dupla de protagonistas até Palmela onde a Sónia descobre que Octávio Machado também treina videiras. No dia seguinte o autor do guia de vinhos portugueses almoça com o Luís e com a Sónia em Setúbal. Depois os nossos protagonistas encontram a verdadeira coleção de Joe Berardo. Para o fim está guardado um vinho que deu a volta ao mundo e uma tentativa de cruzamento do moscatel com doces da região patrocinada pela Sónia.
Além do Tejo, para sul, a parceria da "Verdade do Vinho" descobre que a montanha não se esgota no rio quando surge uma rara visão da vinha montanhesa... no Alentejo. Mais tarde, é na baixa altitude das planícies que é revelada a alquimia do vinho alentejano segundo João Portugal Ramos. Depois a dupla de enófilos vai sentir a uva na pele num hotel voltado para a terra e para as vinhas. No dia seguinte Luís e Sónia seguem dois caminhos diferentes de introspeção em busca do vinho espiritual do Mosteiro da Cartuxa. Depois há uma volta ao Esporão em bicicleta antes da Sónia aprender como não beber um Monte Velho... A fechar há ânforas e sons do Alentejo. Mas, essencialmente, há Joaquim Bação. Há Joaquim Bação para abrir as torneiras das ânforas e para soltar as vozes às pessoas.
Luís e Sónia andam um pouco perdidos no mapa, porque esta viagem não tem uma região como destino, tem um objetivo: os espumantes portugueses. E a demanda começa em Aveiro num moliceiro, onde Luís dá um tutorial de como decapitar uma garrafa. Depois o duo de protagonistas mete-se pela terra abaixo nas Caves de S. Domingos onde surge uma atividade que pode provocar uma tendinite aos enófilos. Mas a carnificina de garrafas continua na Bairrada. Nas caves das Colinas de S. Lourenço disparam-se rolhas contra barricas. E não é por desporto. Mais tarde, em Alijó, Celso Pereira vai ligar as pontas a três garrafas da Vértice. A seguir a ação muda-se para uma marca que os franceses lamentam não ser francesa: a Murganheira. E melhor que este slogan só mesmo ver a Sónia Araújo a rotular garrafas despidas de identidade. Para o fim está guardado um outro rótulo que o nosso duo encontra no atelier de João Noutel.
Pela primeira vez na história Luís Baila está na Madeira, por isso é a Sónia que aparece pela primeira vez ao volante rumo a Norte. O objetivo: ver como crescem as videiras nesta ilha. Depois de ver videiras a dupla segue os túneis e as pontes da ilha que os levam a Câmara de Lobos, mais exatamente à Henriques.
O início do fim deste périplo pelos caminhos do vinho acontece no trilho fluvial do Vinho do Porto: o Douro. Só que desta vez o duo segue a favor da corrente e abarca no destino final das garrafas. É aí que entram em cena uns bem-feitores ingleses. Depois acontece uma travessia para a margem sul do rio que vai importunar os engenheiros da Taylor"s. Mais tarde é o Luís que se atrapalha a reparar um casco antigo... Segue-se uma ida à Graham"s pelos Vintage com sotaque britânico. O destino seguinte é alcançado graças a um meio de transporte oriundo da Afurada. Quando põem o pé em solo firme, os protagonistas estão no Yeatman, onde Luís e Sónia descodificam o "Porto" além da sobremesa. E, para fechar, há um final de taninos persistentes.