Porchat calça as botas de Saramago e começa a "Viagem a Portugal" com os pés em Espanha e a cabeça em Portugal. E a seguir? Gaitas-de-Foles mirandesas, uma aldeia mágica, a D. Maria São Romão, bagaços vários, um cemitério, variadíssimas igrejas. Uma cabra em Porca de Murça... Em Amarante, um doce de cariz questionável e um almoço com um escritor de talento inquestionável. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas.
Graças a Saramago, Fábio Porchat cavalga uma vassoura no berço da nação, relaciona-se com Rio Mau, cultiva-se com um engenheiro agrónomo, lambuza-se em Viana do Castelo, põe à prova a aguardente em Monção, entra num debate em Braga, quase amotina Barcelos, expõe-se no Gerês e aprende a pronúncia do Norte com dois símbolos da Invicta. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas.
De Esmoriz a Coimbra, acontece de tudo a Fábio Porchat. Quase se apaixona em Ovar, emociona-se em Aveiro, descobre um novo talento em Ílhavo, discute arte sacra com a avó em Oiã, delicia-se com uma reconstituição em Cantanhede, tira teimas entre Montemor-o-Velho e Maiorca, volta a deliciar-se em Tentúgal, filosofa em Coimbra e almoça com alguém que aprecia carapaus à espanhola. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas.
Começamos com o frio da Guarda e vamos acabar com um vendaval, em Monsanto. Nos entretantos: em Belmonte, Porchat revela a história nunca contada de Pedro Álvares Cabral, visita um santo orelhudo em Cidadelhe, faz um amigo em Castelo Rodrigo, premeia uma guia em Viseu, apanha um susto em São João da Tarouca, faz mais amigos em Castelo Novo e termina com um jornalista que sabe tudo e mais um par de pedras. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas.
Um episódio que começa com um Camões de contrafação e acaba no restaurante favorito de Saramago. Antes disso: um bife histórico em Tomar, um videoclip no Pinhal de Leiria, uma aparição sobrenatural em São Pedro de Moel, "surf" na Nazaré, uma visita às raízes de Saramago... Outra aparição no Varatojo (mas abençoada), uma chegada inesquecível a Lisboa e um almoço com um atleta que cometeu o despropósito de ler Saramago. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas.
Porchat ruma ao Sul: "borda" tapetes em Arraiolos, usa um megafone em Marvão, procura gente por Portalegre e come costeletas com um "embaixador" do Alentejo. Conhece Évora com um comediante e Beja com uma investigadora. Em Castro Verde, ouve o cante e prova medronho. Em Vila Real de Santo António, adopta um estilo pombalino. Em Olhão, conta uma lenda moura. Em Lagos, reflete sobre uma lenda nacional. E mais umas quantas paragens que não cabem nestas linhas. Em Sagres, despede-se. "O viajante volta já."