Foi a segunda maior selva do Bangladesh, hoje é o maior campo de refugiados do mundo. Em Kutupalong, vivem cerca de um milhão de rohingyas. Manuel Marques Pereira, o português que coordena as atividades da Organização Internacional para as Migrações (OIM), desabafa: "Gostaríamos que as pessoas tivessem acesso a 20 litros de água por dia para tudo: tomar banho, lavar a roupa, comer. Nem sempre conseguimos." Como também não se consegue apagar da memória deste povo os traumas provocados por actos atrozes de violência (muito difíceis de ouvir) tendo apenas como argumento a diferença de religião. No Uganda, a Refugees United tenta fazer o oposto daquilo que, todos os dias, a guerra provoca em países como o Sudão do Sul ou a República Democrática do Congo: juntar famílias, que foram obrigadas à separação. Marie Louise, refugiada da RD Congo, é uma das muitas pessoas apoiadas por esta ONG. Torturada, tem marcas no corpo e no coração.