Agora que voltámos a ficar cativos em casa estão a surgir novas oportunidades para os casais se aproximarem? Perante a adversidade surge o desejo de mais e melhor sexo e intimidade ou, pelo contrário, é terreno fértil para discussões, crises e separações? Até que ponto a pandemia, o medo e a ansiedade está a afetar a sexualidade das pessoas? E os solteiros estarão a passar a maior provação das suas vidas? A saída é a pornografia, a masturbação, a imaginação e as apps de engates? Como são os novos encontros higienizados e com máscara social? Está lançado o mote para o primeiro episódio do podcast/videocast “Muito Mais Do Que Sexo”, uma conversa sem preconceitos entre a sexóloga e psicoterapeuta Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça. Que o prazer esteja convosco.
É um dos grandes tabus da maior parte das relações amorosas. E desde sempre praticada por homens e mulheres de todo o mundo e todas as orientações sexuais. E até no confinamento há espaço para as escapadinhas. A infidelidade pressupõe mentira, engano, falta de diálogo, humilhação, dor e pode fazer estilhaçar irreparavelmente o amor entre um casal. Mas a definição do que é a traição varia da forma de pensar e sentir de cada um. Conversar de forma sedutora com outra pessoa é trair? Ver filmes pornográficos ou sonhar sexualmente com outra pessoa é ser infiel? Trocar mensagens de teor erótico é enganar? Envolvermo-nos intimamente com um terceiro elemento, mas sem envolvimento emocional, é possível dentro de uma relação monogâmica? Quem define os limites e as fronteiras são os elementos de cada casal. Mas porque é que as pessoas traem? Quando se rompe o trato é possível recuperar a confiança? Este é o mote do segundo episódio do podcast “Muito Mais Do Que Sexo”. Uma conversa entre a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça.
As disfunções e dificuldades sexuais são um dos temas mais calados por vergonha, culpa, fatalidade, ignorância e abandono. Mas muito raras são as situações que não têm solução. E para desmistificar esta matéria, a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford chama a atenção para o facto de que a maioria das mulheres ou homens já experimentou alguma vez na sua vida uma dificuldade sexual. Nem que seja pelo stress, ansiedade, cansaço ou desacerto íntimo com a outra pessoa no ato sexual. Mas para Marta Crawford a adversidade no sexo pode ser uma oportunidade. “Digo sempre que não há nada como uma boa disfunção sexual para tornar um homem habilidoso e descobrir o clítoris da sua parceira, no caso de ter uma parceira”. E deixa o aviso: “Sexo sem erecção é sexo e pode ser ainda melhor.” Eis o ponto de partida para para mais um episódio do podcast “Muito Mais Do Que Sexo”. Uma conversa entre Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça.
Se as 'rapidinhas' também podem ter lugar, a excitação (sem pressas) é mesmo a chave mestra para o prazer sexual delas e deles. Até porque há orgasmos sem grande história e envolvimentos sensuais, excitantes e satisfatórios que não envolvem penetração, nem orgasmo. O prazer da descoberta dos corpos pode ser muito mais amplo, interessante e rico do que os atos performáticos e pouco criativos dos filmes porno. E, no jogo do erotismo, é importante estimular todos os sentidos e explorar mais a pele e outras hipóteses de satisfação erótica e sexual do que apenas os genitais. Como chega a comentar a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford: “Há orgasmos que parecem arrotos ou espirros, no sentido em que são obtidos de uma forma muito rápida, apressada.” A conversa entre o jornalista Bernardo Mendonça e Marta Crawford começa desta vez por aqui: a excitação como o melhor condimento para o sexo.
O amor acontece com a mesma naturalidade com que esmorece e acaba. Nem todos os romances e casamentos duram para sempre e, por vezes, provocam um longo e penoso luto nas pessoas desamadas. De acordo com dados do INE, no ano passado houve 3.862 desuniões. E, entre julho e setembro de 2020, foram mais 235 divórcios do que no ano anterior. Reflexos da pandemia? Pela experiência da psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford há sempre um dos elementos do casal que manifesta maior vontade em acabar com a relação, “mas ambos podem sentir o fim da relação como um falhanço”. E como seguir em frente? Como ultrapassar a dor, criar novos hábitos e arrumar as memórias no lugar certo? “Quando um casal se separa, até podem ser amigos no futuro, mas há uma fase em que não podem ser os melhores confidentes, nem os melhores amigos um do outro, porque devem primeiro fazer o luto da relação”. Neste episódio a conversa entre o jornalista Bernardo Mendonça e Marta Crawford parte do fim. Para novos inícios.
No sexo não há o pôr-se a jeito. Mesmo depois de um momento de sedução mútua, mesmo no interior de um quarto, já despidos, e perto do momento de se iniciar um ato sexual com alguém - ou mesmo a meio do ato - quando uma das partes diz ‘não’, que não quer mais, que não quer ter sexo, essa vontade deve ser ouvida e respeitada. E se mesmo assim a pessoa for forçada ou manipulada a envolver-se num ato sexual, isso é abuso e um crime previsto na lei. Mas neste campo há muitas zonas cinzentas, ambiguidades, silêncios e ‘nins’ que importa desmontar e descodificar. Será que todos sabemos mesmo o que implica sexo com consentimento? E quando o sexo é feito com a concordância de ambos, mas sem a real vontade de uma das partes envolvidas? Na semana em que deu entrada uma petição online que pede urgência ao Parlamento para converter o crime de violação em crime público, que já recolheu mais de 47 mil assinaturas.
Ninguém está a salvo. A sociedade ainda limita e penaliza as pessoas na forma como vivem e encaram a sexualidade. A maioria age condicionada por expectativas e preconceitos sexuais e de género por parte da família, colegas, amigos. E não só. É o que se lê nas revistas, nos jornais, o que aparece na televisão e nos filmes, o que é publicado nas redes sociais, o que a Igreja defende, mais as imagens irreais da pornografia que contribuem para reforçar os mitos sexuais e padrões de género. Está lançado o mote desta semana do podcast “Muito Mais Do Que Sexo”, uma conversa entre o jornalista Bernardo Mendonça e Marta Crawford
A maioria dos casais continua a desejar ter filhos ou a crise, a pandemia, o teletrabalho, o medo do vírus anda a fazer com que cada vez mais se adie essa vontade? Os dados apontam para uma cada vez menor vontade em tê-los. Senão veja-se: cerca de 85.500 bebés nasceram em Portugal em 2020, o valor mais baixo desde 2015, ano em que foram realizados 85.056 “testes do pezinho”, segundo dados divulgados em janeiro pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. E quando um dos elementos do casal quer, e o outro não quer? Ou nenhum dos dois quer, mas a sociedade pressiona? Este é o ponto de partida de mais uma conversa entre o jornalista Bernardo Mendonça e a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford
Neste episódio falamos de saúde sexual: o que é o bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. Nem sempre estamos bem. E importa cuidarmos de todos esses aspetos, porque deles também depende o nosso equilíbrio e bem-estar. Começamos por abordar a saúde mental, que já era um tema importante antes da pandemia e que se agravou no último ano. Quando estamos ansiosos, stressados ou deprimidos, podemos deixar de ter tanta apetência ou disponibilidade sexual. Mas antes de se tratar a parte sexual, há que equilibrar a parte mental? Ou os tratamentos podem interligar-se? E quando passamos por um episódio de doença, que até nos deixa com algumas mazelas, motora ou outra, como fica a nossa sexualidade e a autoestima? Este é o ponto de partida para mais uma estimulante conversa entre o jornalista Bernardo Mendonça e a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford.
Eis um episódio sobre as práticas sexuais propriamente ditas, preferências e desejos. Até que ponto os preconceitos da sociedade condicionam a vivência do prazer? Quais os maiores mitos a desmontar? Os portugueses continuam a preferir a posição de ‘missionário’ e dormir em ‘conchinha’? E os casais estão a conversar mais entre si sobre os seus verdadeiros gostos e vontades? Quanto a isto, a psicoterapeuta e sexóloga Marta Crawford sublinha uma ideia principal a ter sempre em conta, antes de tudo: “Quando um não quer, dois não podem. A vontade de quem não quer deve sempre ser respeitada.” Eis o mote para mais uma conversa desempoeirada entre a sexóloga e o jornalista Bernardo Mendonça
Estreamos o primeiro episódio da série especial “Ménage à Trois”, conversas em direto no Instagram, sem rede e sem filtros, entre a sexóloga e psicoterapeuta Marta Crawford, o jornalista Bernardo Mendonça e vários ilustres convidados. Começamos com o ator Miguel Guilherme que fala sobre os mistérios do amor e da sexualidade, junta-lhe poesia e muito, muito mais. “A imaginação desempenha um papel fundamental numa relação sexual entre duas pessoas. É a imaginação que permite que não seja só uma coisa mecânica", chega a afirmar neste encontro digital. O ator, que ainda lê dois poemas eróticos e revela que está mais em paz com as suas sombras, não romantiza o envelhecimento: “Há a tendência para as pessoas tornarem-se mais cínicas com a idade. A passagem dos anos não faz com que as coisas sejam necessariamente melhores.” Vejam e ouçam este 'live' desabrido sem mais demoras!
Neste segundo episódio da série de diretos no Instagram “Ménage à Trois”, a sexóloga e psicoterapeuta Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça conversam com a atriz Inês Castel-Branco que aqui revela o quanto a sua relação com o prazer mudou com o passar dos anos. “Quando era mais nova descobria o prazer apenas através do amor e agora muito mais facilmente consigo descobri-lo sem afeto.” Mas a atriz, de 39 anos, não tem dúvidas sobre o cenário perfeito para uma satisfação íntima plena: “A melhor parte do sexo é quando há intimidade.” Em relação a um dos temas quentes do momento, o assédio sexual, deixa claro o que pensa. “Respeito imenso as vítimas e a dificuldade em falarem ou dizerem nomes. Das pessoas que conheço, 80% já foi assediada ou molestada na infância, ou idade adulta. Mulheres e homens. Toda a gente tem uma história para contar.” Um dos momentos mais estimulantes deste direto acontece quando lê um excerto erótico do romance “A Gorda”, da escritora Isabela Figueiredo.
Neste terceiro episódio da série de diretos no Instagram “Ménage à Trois”, a sexóloga e psicoterapeuta Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça conversam desta vez com o comediante Diogo Faro sobre assédio, violência de género, educação sexual e não monogamia consensual. A propósito de um dos temas do momento, Diogo atira: “Não vamos ser nós homens a ensinar a uma mulher o que é assédio sexual ou a dizer-lhe ‘devias ter falado antes.” Quanto à mudança de mentalidades, fica claro que tudo deve começar na escola. “Se quisermos combater a violência de género temos que começar a educar as crianças de outra maneira. Porque ainda se acha que é o homem que tem mais poder, mais libido e que quer mais sexo do que as mulheres.” Sobre as várias formas de amar, o comediante junta outro ângulo para a discussão: “Acho a monogamia uma coisa muito bonita e funciona para algumas pessoas.
Neste quarto episódio da série de diretos especiais no Instagram “Ménage à Trois”, a sexóloga e psicoterapeuta Marta Crawford e o jornalista Bernardo Mendonça conversam desta vez com a escritora, poeta e dramaturga Cláudia Lucas Chéu, que começa por nos revelar como reage às perguntas desafiantes da sua filha sobre sexualidade: “Sinto pudor quando tenho de responder em tempo real àquilo que a minha filha pergunta sobre a sexualidade. Os ‘timings’ das crianças são perturbadores. Achava que era uma mãe muito moderna e afinal não sou nada.”