"Eu pensei direito, fiz uma pesquisa, eu li a respeito e a gente é um só [...]/ Sem você eu sumo, eu morro de fome, eu perco meu rumo, eu fico menor [...]/ Mas se você planeja, nos partir ao meio, então nem pestaneja e faça sem dó, o meu desespero é que quando acaba, você fica inteiro e eu fico o pó". A letra da Clarice Falcão, nos apresenta a faceta mais dependente do amor, quando derramamos nossa vida, entregamos tudo que temos e somos nas mãos de outra pessoa, nos anulando como ser único e atribuímos todo o sentido da nossa vida naquela relação. Nenhum ser humano é uma ilha, somos seres gregários, que constroem relações amorosas e afetivas. Ao longo da vida vamos tecendo nossas redes de relacionamento, que compartilhamos nossas alegrias, que nos sustentam e nos apoiam nos momentos difíceis. Em alguma medida todo o amor tem algum nível de dependência, mas qual o limite de amar sem depender? Quando a dependência pode se tornar patologia?