Com cerca de 130 personagens no currículo, a carreira de Tony Ramos se confunde com a história da televisão brasileira. Um dos atores mais queridos da dramaturgia brasileira, Tony Ramos fala sobre papéis marcantes, a gentileza pela qual é reconhecido nos bastidores e como cria suas atuações camaleônicas.
Mais de 50 anos de teatro, televisão e cinema compõem a carreira de Ney Latorraca. Vaidoso, ele admite em tom de brincadeira que adora a plateia, estar no centro dos holofotes e, principalmente, os aplausos. Há 41 anos na TV Globo, ele conta que entrou na TV com um contrato de três meses, lembra da infância difícil e fala do desafio de voltar a trabalhar depois de ficar dois meses internado.
Com larga experiência em televisão, em novelas e séries como 'Dancin´Days', 'Vale Tudo', 'Anos Rebeldes', 'Malu Mulher', 'Sai de Baixo', 'Paraíso Tropical' e 'Celebridade', entre outras, Dennis Carvalho responde atualmente pela direção de núcleo e geral da novela 'Babilônia'. Ele reflete sobre o que mudou nos últimos anos no comportamento do telespectador e mostra-se preocupado com o cenário atual. "Eu acho que nós estamos atravessando, no Brasil, um momento muito complicado, de muita transição. Estou falando em termos de espectador, de público. Nós estamos no século XXI, no ano de 2015 e, de repente, as pessoas ficam chocadas com coisas que não chocavam antigamente", comenta. E continua: "A novela no Brasil ganhou uma importância tão grande que passou a ser uma palavra sagrada e não é. Temos que voltar atrás e ver que isso é entretenimento. Se não, será colocada em cima da gente, da novela, a responsabilidade de decidir as coisas do país", desabafa.
Na entrevista, Susana Vieira foi espontânea e confessou que até hoje ainda não tem o domínio total de uma personagem antes dos três primeiros meses de gravação: "Fico com frio na barriga, acho que assim não tem graça alguma". Susana também elegeu algumas cenas que acha suas favoritas até agora. Neste rol, está as que fez com Mateus Solano em "Amor à Vida". A atriz elogiou bastante o jovem ator: "Elas eram tão de verdade. O Mateus... que ator". Susana ainda afirmou que nunca negou nenhum trabalho na Rede Globo, e que acha "uma pretensão" quem não aceita uma escalação em novela das 21hs, por exemplo: "A minha carreira foi feita de trabalhos sem negativas. Eu quero ser empregada, quero ter meu peru no Natal. O que constrói uma empresa é a mão de obra, as pessoas".
Thiago Fragoso, o Vinícius de ‘Babilônia’, é o entrevistado de Bianca Ramoneda no ‘Ofício em Cena’ desta semana. Com apenas 33 anos, o jovem ator já acumula muita experiência na profissão: começou no teatro aos nove anos de idade e, com 14, fez sua estreia na Globo em ‘Malhação de Verão’ (1996). Thiago conta sobre o seu processo de trabalho, fala sobre os personagens mais marcantes e revela um lado engraçado desconhecido do grande público, imitando colegas como Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Roberto Talma e Joana Fomm.
A diretora Denise Saraceni, uma das mais conceituadas do entretenimento da Globo, é a entrevistada desta terça-feira do ‘Ofício em Cena’, programa comandado por Bianca Ramoneda na GloboNews. Durante o bate papo, Denise revela que guarda cadernos com referências, colagens, rabiscos, inspirações, desenhos de câmera e ensaio de planos de cada trabalho que fez. Ela também falará das dificuldades enfrentadas pelas mulheres que escolhem a direção como profissão e a cobrança por bons resultados.
Deborah Secco tem 35 anos e quase 30 de carreira. Começou cedo na profissão e garante que nunca teve dúvidas do caminho que pretendia seguir. “Eu não sei se virei, acho que nasci atriz. E nasci com muita certeza”. À Bianca Ramoneda, no programa “Ofício em Cena”, da GloboNews, Deborah conta como é o seu processo para construção de cada personagem, usando diários, recortes e colagens, e o desconforto que teve que superar para enfrentar as cenas de nudez em alguns trabalhos marcantes.
Com mais de 50 anos de profissão e consagrada por papéis dramáticos e cômicos, como a Cassandra, de Sai de Baixo e a Dona Armênia, de Rainha da Sucata, entre muitos outros, a atriz Aracy Balabanian revela que sempre tem a sensação de que não vai alcançar a plenitude com o próximo trabalho: “Sempre que começo a ler um novo texto, vejo ali uma pessoa que ainda não tem vida. É sempre um ser novo que eu vou conhecer e vou dar vida. E não sei se dessa vez vou conseguir”, revela. E essa incerteza é o que a motiva nos novos desafios. “Acho que isso é o que me mantém viva, com vontade de aprender. É a curiosidade, o desassossego de fazer melhor. Porque eu não tenho nunca a certeza de que vou fazer o melhor”, conta a experiente atriz.
Aos olhos do grande público, Manuela Dias pode não ser ainda tão conhecida, mas a jovem e experiente autora, que há 20 anos escreve para teatro, cinema e TV, encanta o público logo nas primeiras palavras e o seduz para mergulhar no universo que constrói para seus personagens. Foi assim em “Ligações Perigosas” e agora na minissérie “Justiça”, que conquistou o horário nobre da Globo.
Cássia Kis expõe suas fragilidades e sua força no processo de criação para interpretar mulheres intensas e marcantes. No momento em que recebe um novo trabalho, mesmo sem ter lido o roteiro ainda, já começa a imaginar e a viver, em detalhes, aquela pessoa. Ela afirma que o fundamental é estar presente no que faz, deixando-se tomar pela história que vai ser contada.
Ele se define como um diretor muito chato, muito controlador. Acredita na parceria, mas se tem um ator que não gosta de ser dirigido, prefere nem trabalhar com ele. Adepto do que chama de "gesto mínimo, palavra mínima", o diretor Vinícius Coimbra considera que o fundamental é tirar o que é artificial no trabalho do ator, o que não está conectado com a emoção dele.
Walcyr conta que foi em “Verdades Secretas” que seus lados jornalista e dramaturgo se uniram fortemente e quando atuou, de certa forma, como repórter investigativo na fase inicial do projeto que concorre ao Emmy Internacional 2016, o principal prêmio de televisão do mundo, na categoria “Melhor Novela”. “Quando eu tive a ideia, já sabia da existência do tal “book rosa”, mas consegui cativar dois donos de agência para saber como funcionava o esquema de prostituição em agências de modelo”, revela o autor. “Soube até de quanto era comissão que eles pegavam”, complementa.
Os 50 anos de carreira não trouxeram para o ator o conforto da autoconfiança plena. Nanini continua achando difícil elaborar cada novo personagem que recebe, mesmo tendo marcas fortes no teatro, no cinema e na TV. “A gente não sabe o que pode atingir a gente, o que vem pela frente. Isso exige uma certa humildade para saber que você não é Deus”, reflete o ator que recentemente interpretou mais de 35 tipos diferentes na novela das seis em ‘Êta Mundo Bom’.
“Se tivesse que definir em uma frase o trabalho da produção de arte, talvez seria: um ofício que pesquisa a vida para recriá-la na fantasia, com perfeição e invenção”, diz Ana Maria Magalhães, uma das pioneiras da produção de arte na televisão. Com 40 anos de profissão, participou de mais de 70 produções, incluindo “Roque Santeiro”, a primeira versão de “Guerra dos Sexos”, com a cena antológica em que os personagens de Paulo Autran e Fernanda Montenegro atiram comida um no outro durante o café da manhã, e “Avenida Brasil”, com seu lixão cenográfico.
Maneco comentou também que se considera indisciplinado: “Faço uma sinopse enorme e praticamente não sigo. Meu sonho, que consegui realizar depois de muito tempo, era não ter hora para dormir, acordar, comer… Sinopse tem porque é obrigatório. Eles querem saber o que eu vou e não vou fazer. Mas, na verdade, não tem uma ordem. Se me ocorre uma cena boa eu coloco no capítulo’’ O veterano argumentou que suas obras se passam no Leblon (Rio de Janeiro) por ter proximidade com o local, e tratou sobre ser visto como um autor que gosta de abordar temas cotidianos. “Fazem um pouco de confusão quando dizem que eu faço dramaturgia realista. Minha preocupação é fazer uma coisa verossímil, gosto que as pessoas se reconheçam nas minhas novelas. Me preocupo que seja um bate-papo, por isso tem muita cena ao redor da mesa, porque é quando as famílias se reúnem’.
Segundo Drica Moraes, um de seus papéis mais bem construídos foi o de Carolina, na recente novela Verdades Secretas. “Fui muito bem sustentada nessa construção pelo autor, porque o Walcyr escreveu esse personagem de maneira primorosa. Ele me nutria diariamente de frustrações que iam desembocar num grande mar de emoções. Então eu tinha um prato feito, quente, para mim”, disse.
O Ofício em Cena traz para a frente das câmeras o olhar de Madalena Prado, pesquisadora que não conhece limites para um ofício que é também uma investigação histórica, tanto no sentido macro, dos grandes eventos, como naquele do cotidiano, de pessoas simples, que compõem o caldo da dramaturgia.
Uma das grandes atrizes de sua geração, Sorrah tem em sua carreira um repertório de clássicos do teatro que raras atrizes fizeram. Mas ela também é pop e permanece inesquecível no imaginário nacional com dois ícones: Nazaré, da novela "Senhora do destino", e Heleninha Roitman, de "Vale tudo". Apesar dessa consagração, a atriz continua em busca de renovação e expõe suas inquietações artísticas.
Ele não se define como ator. Pelo menos, não só isso. É humorista, comunicador, jornalista e, sobretudo, um cara que gosta de opinar e improvisar. Essa mistura é Marcelo Adnet, criador, roteirista e apresentador do programa ADnight. Adnet traz para o Ofício em Cena toda sua energia criativa, e também seus desafios e temores.
Jorginho brinca a sério de fazer televisão. Em entrevista ao Ofício, ele fala sobre a dificuldade de chorar em cena e sobre as inseguranças de um artista que marcou uma geração e ainda precisa respirar fundo para se acalmar antes de uma gravação como a nossa. Jorge Fernando é ágil, imprevisível, explosivo, intenso, exposto, sem medo de ser ridículo ou over.
O diretor José Luiz Villamarim será o último entrevistado de Bianca Ramoneda nesta temporada do Ofício em cena. No bate-papo, Villamarim fala sobre seus trabalhos e sobre sua trajetória profissional — ele esteve à frente de produções recentes da Globo como Nada será como antes, Justiça, Amores roubados, O rebu, O canto da sereia e a novela Avenida Brasil.