Ano 2001. Tony tem a sala esgotada e a inquietação de sempre: o sucesso em França é apenas uma parte do sonho, falta alcançar o mesmo em Portugal. O pensamento leva-o até à infância em Armadouro, onde cresceu sozinho com os avós. É onde ganhou paixão pela música, mas onde o seu sonho à época era oposto: Ir para França.
Coliseu dos Recreios, 2002. Tony prepara um dos seus maiores desafios: atuar numa das salas mais emblemáticas de Portugal. Entre ensaios, lutar contra o preconceito e conseguir encher a sala com o seu público, o cantor lembra-se de uma outra fase da vida: os seus primeiros anos em França, que não foram fáceis. A sua salvação foi a música, que lhe alimentou o sonho de se tornar cantor.
Pavilhão Atlântico, 2003. Pronto para enfrentar o maior palco da sua vida, Tony é presenteado pelo irmão com uma viagem de limousine até ao recinto, uma forma de celebrar o momento de triunfo e chegar em grande estilo, mas tem um percalço. Uma viagem por salas pequenas e muita gente a dizer-lhe para ele desistir do sonho. Mas este é o percurso que transforma António Antunes em Tony Carreira.
Pavilhão Atlântico, 2003. Tony dá o concerto que irá assegurar o seu estatuto no panorama musical português e um jornalista faz a cobertura do espetáculo. Perante um mar de fãs, Tony afirma “Está cá a imprensa, mas primeiro estavam vocês!”. Isto leva-nos para um trajeto de dez anos: desde as frustrações dos insucessos à mudança para a Editora Espacial.