Marinete da Silva, advogada e mãe de 2 filhas. A mais velha, Marielle, foi executada por incomodar os poderosos. Marinete lida com a dor da perda por ter certeza de que a luta da filha deu frutos.
Negro, pobre e homossexual. Penca, na adolescência, expressava-se através da dança e da violência. Foi preso por suspeita de roubo, mas era inocente. Hoje mudou sua vida e é cuidador de idosos.
Com um BO forjado que dizia que trocara tiros com a PM, Julio levou 2 tiros e foi condenado a 12 anos. Após 8 anos, Júlio saiu da prisão decidido a retomar a vida. Hoje é produtor cultural.
José Luiz morou a infância na rua. Uma noite, com fome, deixou amigos dormindo em uma marquise na Candelária e foi roubar pão. Por isso sobreviveu à chacina, em 93. Hoje é produtor audiovisual.
Nascida Marco Aurélio, aos 14 foi acolhida pela comunidade gay. Sem apoio da família foi para a prostituição. Chegou a ser lançada de um carro. Hoje Martinha trabalha em um salão de beleza.
Aos 14 anos Renato estava revoltado. E então fez um pacto: caso se esforçasse, que Deus lhe desse vida digna; se não, que o Diabo o levasse. Hoje, produz espetáculos circenses pelo mundo.
Estudava medicina quando foi convocado para a 2º Guerra. No front cuidou de soldados brasileiros e alemães. Após a guerra, Carlos tornou-se um conceituado médico e escreveu sobre sua experiência.
Nascido na periferia de Medellín, ingressou num grupo revolucionário armado e foi torturado pelo exército colombiano. Hoje Ivan luta contra o recrutamento de menores por grupos armados da Colômbia.
Luiz foi preso próximo de concluir a faculdade. Num momento especialmente violento do sistema carcerário conseguiu reunir uma equipe de detentos e realizar um documentário premiado em festivais.
Assaltante de bancos, Edivaldo liderou facções no presídio. Sobreviveu ao massacre no Carandiru e estudou Direito. Hoje, livre, integra a Comissão de Políticas Criminais e Penitenciárias da OAB-SP.
Fabiola teve seu filho preso, torturado e morto pelo exército. Conseguiu a condenação do governo pela execução do filho. O arquivo que reuniu durante sua luta é patrimônio da humanidade, pela UNESCO.
Moaaz nasceu em Damasco, Síria. Teve o irmão sequestrado pelo Estado Islâmico. Sua mãe o enviou para o Brasil antes que tivesse que se alistar. Sozinho aqui conseguiu forças para reconstruir a vida.
Marcelo serviu na Guerra das Malvinas. Depois das mortes de centenas de companheiros e do descaso oficial, Marcelo luta para que sua história não seja esquecida. Para isso, o humor é sua maior arma.