Saiba mais sobre as deficiências do sistema penitenciário brasileiro e seus reflexos na vida de personagens reais, na criminalidade organizada e sociedade.
A precariedade das prisões facilita a perda do controle do sistema pelo Estado favorecendo a criação de facções criminosas. Os grupos surgem em presídios e se expandem para as ruas.
Nos primórdios das facções criminosas, líderes do tráfico eram vistos até como benfeitores e protetores das comunidades. Com o tempo, os grupos foram se renovando e as relações passaram a ser de opressão e muita violência.
Outro fenômeno que se acentua no país é a internação de adolescentes em fundações de atendimento socioeducativo. A série abordará essa temática, relacionando-a ao crescente envolvimento desse público etário em atos infracionais, como o tráfico de drogas e correlatos.
Mesmo inocentes, mães e companheiras de presos sofrem com estigmas, sacrifícios e humilhações como se estivessem pagando uma pena. A série mostrará a rotina de passar madrugadas em filas, submeterem a revistas vexatórias e responderem pelo sustento da família em casa e do próprio preso.
Elas enfrentam os estigma de “mulher de bandido”, passam noites e madrugadas nas filas de prisões e, durante as visitas, ainda têm libido sexual para manterem relações em locais precários e sem privacidade
Filhos do cárcere retrata a vida de crianças que tiveram seus pais presos e qu para não deixar de conviver com a figura paterna, visitam regularmente os pais na prisão. Geralmente, estas crianças são levadas pela mãe desde a primeira infância, acostumando-se com o ambiente prisional.
Enquanto não há consenso sobre a necessidade de garantir alas específicas dentro dos presídios brasileiros para a população LGBTI+, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais vivem um cotidiano de dupla violação de direitos dentro das cadeias públicas. Além do aprisionamento, de não poder realizar tratamento com hormônios, não ter acesso a exames médicos, são vítimas de agressões e abusos sexuais.
O trabalho no cárcere deveria ser um direito de todo o preso, mas apenas 10% consegue ocupação laboral. Os presos que trabalham são estigmatizados pelos outros, que os consideram auxiliares da polícia. O episódio se propõe a mostrar a vida dos presos trabalhadores, nesta realidade.
A prática religiosa tem crescido no cárcere e apresentado resultados satisfatórios quanto à recuperação. Há presos também que encontram na religião uma alternativa às facções.
Existem no país algumas poucas iniciativas que facilitam e incentivam o preso à ressocialização. Esse tema será abordado, destacando alguns desses métodos, como o da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac).
Deveria ser um estágio entre o regime fechado e a volta do preso às ruas. No entanto, esse regime é considerado fracassado por especialistas e autoridades, uma vez que muitos apenados que nele se encontram aproveitam-se do abrandamento da fiscalização e do controle para cometerem crimes.
Por fim, a série mostrará as dificuldades de recomeço para quem passou (e sobreviveu) a um período em prisões. As dificuldades de (re) coloração no mercado de trabalho, o preconceito e as constantes propostas de quadrilhas para um retorno ao crime.