Os pais, psicanalistas, fugiram da ditadura Argentina. Julián Fuks cresceu em São Paulo entre dois idiomas e familiarizado com a necessidade de descodificar permanentemente o subtexto da realidade, deitando-a no divã. Confessa-se cansado da ficção e é à realidade que vai buscar a matéria-prima para sua escrita. Seja a realidade colectiva, acompanhando os sem-tecto ocupando prédios devolutos, seja a realidade familiar, com o irmão adoptado que ainda não leu o livro em que o tornou personagem. Porque tudo o que é pessoal é político.