Dividiu-se na adolescência, em Aveiro, entre o futebol e a matemática. Interessa-lhe o cruzamento entre o concreto e o abstracto - é por isso que diz que gosta de uma ideia em que se possa sentar. Levada ao palco, a obra de Gonçalo M. Tavares pode tornar-se uma performance, uma ópera ou uma canção. É caleidoscópica e fragmentária, na definição de Alberto Manguel. O autor de Uma História da Leitura di-lo ao autor de Jeerusalém durante o encontro afectuoso entre ambos na extraordinária biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, a que Saramago deu uma mitologia própria.