Foi numa cabina telefónica do sul da Turquia que recebeu a notícia da distinção. Paulo José Miranda, o primeiro vencedor do Prémio José Saramago, viveu tantos anos fora de Portugal que é, ainda hoje, para muita gente, um autor a descobrir. Com o dinheiro do prémio ofereceu uma câmara de filmar que veio a dar origem a outros prémios, um deles no festival Indie Lisboa. Sente-se mais leitor que escritor e é à filosofia que recorre para alargar as fronteiras do seu desconhecimento. Foi a ligação à música que o fez escrever o romance premiado.