Daniel Filho menciona em seu livro O Circo Eletrônico:
"Grande Sertão: Veredas era considerado inadaptável, mas julgo que Avancini conseguiu um trabalho maravilhoso de pesquisa, de persistência. Fizemos uma homenagem a ele que poucos diretores receberam, na televisão, dos seus próprios colegas. Ficamos tão orgulhosos do trabalho do Avancini que, apoiados pelo Boni, pelo Armando Nogueira e o pessoal do jornalismo, demos uma festa que não foi divulgada na época, quando entregamos um prêmio a ele."
Sobre a escalação dos atores principais, Daniel comentou:
"Em Grande Sertão, Avancini me vendeu com grande dificuldade a escolha de Bruna Lombardi para o papel de Diadorim (apesar de Bruna ter sido um erro, não como atriz, mas por saber-se que era mulher). O grande conflito é a paixão entre os dois 'jagunços'. Ao se saber de antemão tratar-se de uma mulher, some o enredo principal. Mas Avancini defendia que na televisão e com a distância entre gravação e exibição, o segredo seria revelado de qualquer maneira. Melhor seria uma linda e conhecida atriz no papel de homem. Era a visão dele, e bem defendida. Concordei. Na adaptação, outros pontos da história seriam levantados. Para o Riobaldo ele queria outro ator, mas achei muito arriscado e não coerente com a tese da atriz. Voltou sugerindo o Tony Ramos. Ai estava armada uma boa escalação."