Enquanto Ori Givati crescia, tinha a certeza de uma coisa: quando fosse adulto, iria combater por Israel: “Cresci com a ideia de que a coisa mais importante que ia fazer na vida era tornar-me soldado do exército israelita”, disse-me. O caminho estava traçado. Defender o país através do exército seria honrar os seus antepassados e proteger familiares e quem a seguir viesse. Era isto que aprendia na escola, em casa, ou através dos média. Aos 19 anos, cumpriu o seu sonho e iniciou o serviço militar obrigatório mas, só tempo depois — e aos poucos —, começou a questionar a sua missão enquanto parte do IDF (Israeli Defense Forces). A cada checkpoint sem razão aparente, a cada invasão à casa de pessoas inocentes, a cada detenção arbitrária, uma pergunta ganhava dimensão na sua cabeça: “O que estamos a fazer é defender Israel?.”