Uma semana antes do natal e após receber mais uma carta de despejo, Esperança, “agride acidentalmente” à bengalada o sobrinho do senhorio que a quer para fora da casa onde vive há já cinquenta anos no Bairro do Castelo. Artur e Leonor, o Filho e a Nora, apressam-se a interceder numa tentativa de gerir o conflito entre Esperança, agora constituída arguida, e o proprietário António, um elegante homem de oitenta e muitos anos que parece saber mais sobre Esperança do que ela imagina. Na noite da consoada a família reúne-se à volta da mesa, onde deixa claro que dali não sairá a não ser no dia da sua morte. Para surpresa de todos, Esperança anuncia a chegada de uma “Hóspede”, alguém que vem para ficar.
A chegada da “Hóspede”, a sobrinha Joana, anima Esperança, mas agita o filho Artur e a nora Leonor que passam a rondar para perceber o que se passa na tentativa que ajudar a concluir o negócio com o senhorio. Os problemas no prédio não param de surgir. O Filho e a Nora continuam convictos de que Esperança ficará melhor noutro lugar e fazem-lhe novas propostas. Quem também se volta a aproximar é António, o Senhorio, que apesar de conseguir retirar a queixa não é assim tão bem-recebido por Esperança. As tentativas de expulsar Esperança continuam e a noite de passagem de ano acaba com um incêndio no prédio do Castelo.
Dia de reunião de inquilinos. Esperança é surpreendida pela chegada do filho e da nora que querem porque querem estar presentes na reunião. Esperança, acompanhada pela sobrinha e agora sua advogada, Joana, pede a Paulina que também a acompanhe. A reunião torna-se numa negociação do contrato de Esperança, e aos poucos Esperança expulsa a família da sala da reunião. Acabam por ficar apenas Esperança e António que selam um contracto desconhecido para os restantes membros da família.
António escreve a Esperança numa tentativa de conseguir paz. Sensibilizada pelo gesto e pelas bonitas palavras do Senhorio, Esperança decide convidá-lo para um chá e selar alguma paz. No mesmo dia, Rodrigo tem explicações em casa da avó com Joana. Esperança descobre as verdadeiras intenções do filho e da nora.
Nora e filho, não arredam pé da casa de Esperança, até receberem o telefonema que comprova a inesperada detenção, incidente que a televisão também já anunciou ao país inteiro. Artur, Leonor, Joana, Paulina e Joyce viajam para Espanha na tentativa de ajudar a soltar Esperança e Rodrigo, mas tarde demais.
Descobrem uma ruína romana nas obras do Rés-do-chão direito, o que poderá tornar o prédio património a proteger. Sérgio corre a anunciar que, infelizmente, Esperança terá mesmo de sair do prédio, mas as coisas não correm como planeado e Sérgio aciona um outro plano bem mais arrepiante. Uma “súbita” infestação de baratas obriga Esperança a refugiar-se na nova casa de Hermínia no Bairro de Alfama.
Eunice, a irmã de Esperança, está de viagem marcada para Lisboa, mas acaba por não chegar para tristeza de todos. Esperança comunica ao filho Artur que está a pensar na hipótese de não acabar os seus dias sozinha. Artur surpreende Leonor com o apartamento dos seus sonhos que conseguiu comprar com a ajuda dos Bancos e de Esperança. Paulina acaba o curso de Chef e a sua vida começa a mudar, mas com a chegada da pandemia, tudo começa a ser adiado e alterado. Joana muda-se para a casa de Sara e Esperança começa a preparar-se para a tão falada quarentena. Os dias de Esperança são passados em casa, sozinha com o gato Baltazar, até que se ouve música lá fora...