O Amapá já está sem o fornecimento regular de energia elétrica há três semanas. Desde o início do apagão, em 3 de novembro, já se sabe que não foi um raio, a primeira suspeita levantada, a causa do incêndio que provocou a calamidade no estado. O transformador que pegou fogo deixando quase todo estado às escuras apresentava problemas desde dezembro do ano passado. E a empresa responsável pela operação, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia, demorou nove meses para contratar o reparo do equipamento. Pouco depois da visita do presidente Jair Bolsonaro, que inaugurou geradores termelétricos no sábado, novos cortes de energia foram registrados. O estado enfrenta ainda os alagamentos das fortes chuvas, além de um aumento dos casos de Covid-19 e um surto de diarreia. Neste episódio, Monalisa Perrone conversa com o engenheiro eletricista Antônio Ferreira Júnior, que fala sobre a cadeia de decisões que levou o estado à situação atual. "Poderia ter sido evitado", ele diz. Em seguida, um papo com a analista de política Thais Arbex, sobre as disputas jurídicas e políticas na busca para uma solução da crise no estado. Antes, ouvimos o relato da jornalista e empresária Carla Ferreira, direto de Macapá.