De janeiro a julho deste ano, no estado de São Paulo, foram registrados quase 4,5 mil casos de estupro de vulnerável. Nos últimos três meses, na capital paulista, 84 meninas de 10 a 14 anos deram à luz na rede municipal de saúde. Os números são menores do que o mesmo período do ano passado. Mas apesar da queda nas ocorrências do crime de estupro de vulnerável, especialistas afirmam que não há motivo para comemorar. A quantidade menor de registros pode ser explicada pelo fechamento de creches e escolas, já que as denúncias geralmente são feitas por educadores, professores e cuidadores. Neste episódio, Roberta Russo recebe a repórter Débora Freitas, autora de uma reportagem sobre a subnotificação nos casos de abuso de crianças e adolescentes durante a pandemia. Em seguida, a conversa é com a psicóloga Vanuza Campanini, que foi vítima desse tipo de violência na infância e hoje trabalha para ajudar vítimas de abuso sexual em Manaus.