Em 2008, a campanha presidencial de Barack Obama foi um ponto de virada no uso da internet para gerar engajamento, arrecadar doações e, em última instância, alcançar a vitória eleitoral. Em 2016, foi a vez de Donald Trump. Contra o que todas as pesquisas indicavam, o candidato republicano se utilizou das redes sociais e os resultados das urnas surpreenderam. Em 2020, três acontecimentos recentes dão indícios de que, mais uma vez, as eleições americanas terão as redes sociais como forte determinante. Em maio, o perfil Sleeping Giants chamou a atenção, alertando marcas que tinham seus anúncios exibidos em sites de notícias falsas, com conteúdo supremacista branco e discurso de ódio. Em junho, uma movimentação organizada entre usuários doTik Tok e fãs de k-pop, música pop coreana, conseguiram esvaziar aquele que seria o primeiro comício do presidente Trump em sua campanha para a reeleição. Nos últimos dias, centenas de marcas se uniram em boicote ao Facebook, pedindo que a plataforma limite a disseminação de conteúdo falso ou com discurso de ódio. No E Tem Mais de hoje, Monalisa Perrone recebe o editor de política internacional Marcelo Favalli, e a correspondente Luiza Duarte, de Nova York, para uma conversa sobre o poder de influência das redes sociais e seu eventual papel nas eleições nos EUA e no Brasil.