A Prefeitura do Rio diz que o número de moradores de rua triplicou em 3 anos. Na capital paulista, há entre 20 mil a 25 mil moradores de rua. É cada vez maior o número de pessoas que moram nas ruas das duas maiores cidades do Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro. No Centro do Rio de Janeiro, 60 pessoas dormem na calçada da Defensoria Pública. Segundo a Prefeitura, o número de moradores de rua triplicou na cidade em três anos e subiu de cinco mil, em 2013, para quase 15 mil em 2016. Muitas dessas pessoas são trabalhadores e outras desempregadas. Carlos Manoel Gomes, de 28 anos, está no Rio de Janeiro há três meses e dorme nas ruas. Para fazer a barba e escovar os dentes, ele usa o banheiro do aeroporto. No local, há vários moradores de rua que fazem o mesmo. O café da manhã fica a dois quilômetros do aeroporto, no Largo da Glória. Carlos procura emprego e também o pai. Sua família viveu na cidade até 2001 e depois da separação, ele e a mãe foram morar no Rio Grande do Sul. Ele trabalha desde os 18 anos e teve cinco empregos com carteira assinada. Um deles, em um frigorífico que pertence a JBS, grupo envolvido nos escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato. Na capital paulista, há entre 20 mil a 25 mil moradores de rua e 3% são crianças. Enquanto a população de São Paulo cresce, em média, 0,7% ao ano, o número de moradores de rua aumenta 4,1%. Tamires Silva mora há oito meses em uma praça no Centro de São Paulo com os dois filhos, Alef de dois anos e Tainá de quatro, e está grávida do terceiro. Ela trabalhava em uma confeitaria e morava com a mãe. Desde novembro, está desempregada. Tamires não conta porque saiu de casa. Hoje, as crianças tomam banho de água gelada em um banheiro do metrô. A maioria dos pertences da família foram doados. Ações na Cracolândia Na manhã de um domingo, dia 21 de maio, a polícia realizou uma operação para prender traficantes que atuavam na Cracolândia, no Centro d