O especial contou a vida de Elis Regina Carvalho Costa (1945-1982) desde que ela era uma pequena gaúcha que adorava ouvir e cantar junto com o rádio. No dia em que é levada para participar como caloura no programa de rádio Clube do Guri, em Porto Alegre, a menina sofre um bloqueio e emudece em cima do palco, durante a transmissão ao vivo. No ano seguinte, volta e solta a voz, e sua carreira de cantora começa a despontar.
Desde cedo, percebe sua vocação natural para a música. Em 1981, entra para a banda Os Dominantes, que fazia covers de canções de Roberto Carlos e dos Beatles. Dois anos depois, Luís José sai da banda, adota o nome artístico de Leandro, convence Emival a tornar-se Leonardo e juntos montam a dupla sertaneja que faria sucesso no Brasil e no exterior. Os dois vencem um programa de calouros na TV goiana e, com o prêmio, pagam a tiragem de seu primeiro LP, com 500 cópias. Em seguida, são contratados por uma gravadora e começam a fazer sucesso regional.
O especial conta a história do cantor desde a infância na Ilha do Governador, na zona Norte do Rio, até sua morte, em outubro de 1996. No ar, as passagens mais marcantes de sua vida, como a adolescência na capital federal, o contato com o movimento punk, a criação da primeira banda, Aborto Elétrico, a formação da Legião Urbana e o sucesso do grupo, que vendeu milhões de discos e arrebatou incontáveis fãs pelo País.
Nara Lofego Leão nasceu em Vitória, no Espírito Santo, mas cresceu e morou a vida inteira em Copacabana, no Rio de Janeiro. Menina muito tímida e pouco vaidosa, ela vê a bossa nova surgir na sala de sua casa, em saraus que incluem músicos como Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Com este último, Nara tem um namoro frustrado, desmanchado depois que a cantora Maysa afirma à imprensa estar noiva do músico. Abandonado, Bôscoli compõe para ela Lobo Bobo.
O menino Sebastião Rodrigues Maia nasce em 1942 e cresce morando em uma pensão com a família extensa (pai, mãe e 12 irmãos) no bairro da Tijuca, zona norte carioca. Para ajudar na casa, trabalha fazendo entregas das marmitas que sua mãe cozinha. Mas, guloso, come o almoço dos clientes no meio do caminho. Em uma dessas, o filho de um dos fregueses aparece e troca socos e pontapés com Tião. O garoto tem a mesma idade e se chama Erasmo; mais tarde, ficaria famoso como Erasmo Carlos.
A trajetória dos cinco irreverentes rapazes que conquistaram o país com hits como Robocop gay, Pelados em Santos e Vira-Vira foi o tema deste especial. Imagens de arquivo, dramatização e depoimentos de amigos, familiares e profissionais que acompanharam de perto a carreira dos músicos, como o apresentador Fausto Silva e o jornalista Eduardo Bueno, biógrafo do grupo, ajudaram a montar o programa.
Dolores Duran, nascida Adiléia da Silva Rocha, é consagrada como uma das grandes compositoras brasileiras. Mas teve uma vida curta: faleceu aos 29 anos, no auge da carreira. Uma das estrelas da Rádio Nacional, ela se apresentou nas badaladas boates do Rio de Janeiro no fim dos anos 1940 e início dos 1950, compôs músicas em parceria com Tom Jobim – como "Se é por Falta de Adeus", "Por Causa de Você" e "Estrada do Sol" –, participou de dois filmes e um musical, fez turnê internacional e lançou mais de 20 discos. É de sua autoria, também, a conhecida "A Noite do meu bem".
O nascimento em Surubim, Pernambuco; a chegada ao Rio de Janeiro; o trabalho nas rádios; o auge na televisão com o programa Cassino do Chacrinha (1982); e a comoção causada por sua morte, em 1988, foram destaques neste especial que abordou a vida e a carreira do apresentador José Abelardo Barbosa de Medeiros, considerado o maior comunicador do Brasil.
Agenor de Miranda Araújo Neto, popularmente conhecido como Cazuza, foi o homenageado do programa exibido em novembro de 2009. O especial trouxe imagens de arquivo e depoimentos de amigos, familiares e profissionais que acompanharam de perto a carreira do cantor, entre eles o jornalista Pedro Bial, os cantores Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Bebel Gilberto e Roberto Frejat, o produtor musical Ezequiel Neves, e seus pais, Lucinha e João Araújo.
A trajetória de Cláudio Rodrigues Mattos, o Claudinho, foi o tema deste Por Toda Minha Vida, que trouxe imagens de arquivo e depoimentos de amigos, familiares e profissionais que acompanharam de perto a carreira de Claudinho e Buchecha, dupla surgida nos bailes funks, que alcançou o sucesso com o lançamento de seis discos e três milhões de cópias vendidas, e cuja parceria foi rompida com o trágico acidente que matou Claudinho, em 2002. Buchecha continuou em carreira solo, fazendo shows e gravações com outros artistas do meio musical.
Quando era adolescente e não estava em uma boa fase na escola, Raul Seixas (1945-1989) resolveu se arriscar: pegou um boletim em branco e preencheu o papel com boas notas para não levar bronca dos pais. Em vez de ir às aulas, ele queria mesmo era assistir aos filmes de Elvis Presley. Esta e outras histórias da vida do “Maluco Beleza” foram apresentadas no último Por Toda Minha Vida de 2009, que trouxe Rafael Almeida vivendo Raul Seixas dos 15 e os 20 anos, e Julio Andrade interpretando o músico baiano na fase adulta, quando gravou 30 discos e 400 músicas.
Adoniran Barbosa marcou a história do samba com letras irônicas e bem-humoradas que descrevem o dia a dia do paulistano. Filho de imigrantes italianos, corinthiano roxo e boêmio convicto, o cantor e compositor, nascido João Rubinato, adotou o nome artístico em homenagem a dois amigos, companheiros de boemia.
Nos anos 1970, a música teve sua praia invadida pelas ondas do rock progressivo. O estilo musical atiçou a curiosidade em todo o mundo e inspirou dois jovens brasileiros que sonhavam formar uma banda de sucesso. O destino tratou de juntar os desejos, promovendo o encontro de Paulo Ricardo, Luís Schiavon, Fernando Deluqui e P.A.
O compositor e cantor Cartola foi o homenageado no programa que marcou a estreia da temporada de 2011, exibido na semana do Carnaval. O especial mostrou momentos importantes da vida de Angenor de Oliveira, como sua infância em bairros de classe média carioca, a mudança para o Morro da Mangueira, por conta dos problemas financeiros da família, sua complicada relação com o pai e suas primeiras composições. O relacionamento com Dona Zica, que o ajudou a se reerguer depois de uma fase difícil, e a casa de shows Zicartola, fundada pelo casal, também mereceram destaque.
Sucesso nas rádios e palcos de todo o país nos anos 1970, As Frenéticas começaram a carreira como um despretensioso grupo de garçonetes performáticas que atendiam e entretinham os frequentadores da boate Dancing Days, de Nelson Motta. O projeto de três meses terminou, mas a história das seis artistas estava só começando. Depois de gravar a música <i>Perigosa</i>, uma composição de Nelson Motta, Rita Lee e Roberto de Carvalho, as cantoras ganharam fãs por todo país e se tornaram o símbolo da moda disco music que chegava ao Brasil.