Isabella Cerqueira Campos foi uma atriz brasileira. Ocasionalmente era creditada como Isabella ou Isabella Cerqueira.
Aos 15 anos de idade, Isabella mudou-se da Bahia para o Rio de Janeiro, onde fez cursos de canto e dança. Aos 20, começou a trabalhar como comissária de bordo na Panair. Fez curso de manequim em Paris e, no início dos anos 1960, desfilou para a Maison Dior. Voltou ao Brasil em 1962, disposta a trabalhar como atriz.
Começou sua carreira pelo Tablado (escola de teatro) e pelo Conservatório Nacional de Teatro. Estreou no cinema na última das chanchadas da Atlântida, Os Apavorados (1962). Em seguida, fez o filme de episódios Cinco Vezes Favela (1962), uma das primeiras produções do Cinema Novo. Logo conheceu o cineasta Paulo César Saraceni, com quem faria dois filmes - O Desafio e Capitu - e se casaria, marcando um período em que foi considerada uma das musas do Cinema Novo.
Nos anos 70, casou-se com Carlos Frederico Rodrigues, seu diretor no filme A Possuída dos Mil Demônios, na comédia Lerfá Mu e no curta-metragem O Mundo a Seus Pés. Nessa época, também trabalhou com Júlio Bressane em Barão Olavo, o Horrível, sendo então considerada musa do "cinema marginal" ou Udigrudi. As Quatro Chaves Mágicas (1971), de Alberto Salvá, lhe renderia o prêmio Coruja de Ouro como melhor atriz coadjuvante.
Em 1980, mudou-se com Carlos Frederico para Visconde de Mauá, no estado do Rio, onde fundaram o "Teatro da Montanha" e, em 1994, voltou a residir no Rio. No ano de 2006, foi chamada por Nelson Pereira dos Santos para uma participação especial em Brasília 18% e, em 2007, participou de um documentário de Marco Altberg sobre a Panair, e foi homenageada no Festival de Brasília, quando da exibição da cópia restaurada de Proezas de Satanás na Vila do Leva-e-Traz. Em 2008, publicou seu livro sobre o Cinema Novo, Uma Câmara na Mão e Amor no Coração.
Morreu em 2011, aos 80 anos, em decorrência de câncer de mama.
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