“Na Porta ao Lado” é uma trilogia de filmes, cada um com uma história distinta, com uma base realista entre ambos que pretende mostrar como é que quem está de fora pode ter um papel importante na libertação de uma situação de violência doméstica, apresentando o tema de um ângulo pouco comum, continuando a servir de alerta para que as vítimas deste tipo de situação se sintam mais confortáveis em avançar para uma denúncia.
Helena, violoncelista, é casada com Mário. Controlador, Mário critica Helena, enquanto artista e mulher, deixando-a insegura ao ponto de abandonar os palcos e ficar isolada e dependente do marido. Será Rodrigo, um jovem radialista, que irá tentar ajudá-la.
Com a pandemia, Marta descobre que o companheiro que idealizava é, afinal, violento. Presa no apartamento com o agressor, tem de escolher entre a sua segurança e a do filho e o fim de uma vida aparentemente perfeita.
Clara é professora numa pequena terra do interior e recebe uma nova aluna. Margarida acaba de perder a mãe, vítima de violência doméstica, e foi viver com a tia, que é casada, tem dois filhos e trabalha no café dos sogros. A professora não fica indiferente às ausências e tristeza da aluna, que finalmente lhe pede ajuda. Estará Margarida a ser vítima ou a assistir, mais uma vez, a algum tipo de violência? Será que o trauma de ter assistido ao assassinato da mãe a impede agora de distinguir a realidade do medo? E Clara, sabendo que está perante uma família muito respeitada lá na terra, deverá ou não interferir?